sábado, 6 de março de 2010

Nem chegaste e já vai-se embora.

Pudera eu arrancá-la de dentro de ti a unha.
Para que você a sangrasse até esgotar.

Teu medo cego te mantém num escuro denso
Eis que se esquece daquilo que te torna intenso

Porque se anular nesta detestável monocromia?
O desejo de me pintar em você é destituído pelo desprezo que tu vestes como fantasia.

O presente, meu caro, é feito de entregas,
Um dia a vida se cansa e te leva

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mensagens flutuantes

Nunca nos encontramos.
Mas me leio a cada dia com mais clareza,
À luz do sol ou da lua...
Cada um da sua forma,
E eu a mesma fôrma.
Àquela que te vê como metade amputada.
Metade de meus olhos, ouvidos e razão.
Um carinho que chega a ser fraterno,
Admiração que nasceu narcisista.
Você.
Que me revela em reflexo.